Mazão Ramires (*)
Responsabilidade intransferível
Somos o que fazemos na vida. Deus nos deu dons e temos a responsabilidade tanto dentro de casa como fora dela, lutarmos por uma sociedade cada vez melhor. Em 2015 numa conferência em São Paulo ouvi e conheci sobre as “Sete esferas da sociedade”, com base na Palavra de Deus, que está na Bíblia.
Mas, afinal, o que são as 7 esferas? A resposta é simples e complexa, ao mesmo tempo, pois são as áreas de influência numa sociedade.
Influências como: família, igreja, governo, educação, mídia, comunicação, artes, entretenimento, negócios...
De quatro em quatro anos temos, por exemplo, a responsabilidade de irmos às urnas votar e escolher os nossos líderes do executivo e legislativo. Essa é a “esfera” do governo, nossa responsabilidade.
O processo eleitoral está na reta final com todos os instrumentos de campanha permitidos nesses tempos de pandemia. Porém, é preciso que façamos a nossa parte. Que façamos as melhores escolhas. Lembro que quando criança o programa eleitoral interrompia a programação dos filmes e desenhos que assistia e pensava: “olha que coisa mais chata. Lá vem a política”. Com o tempo comecei a trabalhar com marketing político, fazendo conteúdo de fotografia e já participei de 6 eleições, (Governo, Senado, Prefeito e Deputado Federal). E ao participar desse processo de, conhecendo todo o estado do Mato Grosso do Sul, sua cultura e história, ampliei minha visão sobre política e a importância do processo de escolha dos nossos representantes.
Ficamos tristes com a corrupção. Tenho amigos que têm dificuldade em acreditar na política, pois acha uma utopia. Com tristeza e indignação ouvimos isso, pois o fato de nos revoltarmos com os inúmeros casos de corrupção, que nos fazem até querer fazer justiça com as próprias mãos, ou melhor, com os próprios dedos, para protestar e indignar através de mensagens pelo smartphone na rede social, precisamos superar e reagir como cidadãos. Podemos fazer melhor que isso e usar o grande poder do voto. Para isso é preciso pesquisar, ver os planos de governo de cada candidato, suas propostas. Não podemos transferir a nossa responsabilidade deixando o nosso voto nulo e em branco.
Dia desses participei de uma reunião política com uma Comunidade de Surdos e fiquei muito impactado e emocionado. Cerca de 14 pessoas surdas, cada uma delas defendendo bravamente o direito de fazer parte, de fato, da sociedade, serem empregadas e terem suas necessidades profissionais e sociais atendidas sem serem discriminadas. Contaram como o município promove, consciente ou inconscientemente, uma segregação das minorias. Mesmo sem entender a linguagem de sinais, dava para ver em seus semblantes o desespero, a agonia por uma política melhor por uma sociedade justa e igualitária. Aquelas fisionomias, associadas às palavras da intérprete, fizeram brotar lágrimas em meus olhos pela empatia que se estabeleceu ali em meio àquele grupo que buscava nada mais que condições igualitárias de vida na sociedade em que vivemos.
Então… Enfim, oportuna as palavras de John Adams (12.05.1780): "Preciso estudar política e guerra para que meus filhos tenham a liberdade de estudar matemática e filosofia, geografia, negócios e agricultura, para que possam dar a seus filhos o direito de estudar pintura, poesia, música, arquitetura…"
Os montes mais altos são os topos de maior influência.
"Nos últimos dias, o monte da casa do SENHOR será o mais alto de todos. Será elevado acima de todos os outros montes, e povos de todo o mundo irão até lá para adorar."
??Isaías? ?2:2? ?NVT
Juntos podemos fazer justiça social, transformação, com integridade e excelência, e lutar para estabelecer um governo saudável condicionando o coração coletivo de uma nação a crer que podemos prosperar, e não apenas sobreviver.
(*Edimar Ramires, o Mazão, é fotógrafo e publicitário em Campo Grande - MS www.twitter.com/mazaoramires)
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Postado por: Mazão Ramires (*), 14 Novembro 2020 às 13:00 - em: Falando Nisso