O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da indicação do desembargador do TRF1 Kassio Nunes Marques ao Supremo pelo presidente Jair Bolsonaro, entregou hoje à CCJ do Senado seu relatório, em que elogia o magistrado dizendo que ele é um exemplo de "garra e perseverança" e afirma que não foi verificada "inconsistência concreta" em seu currículo. Isso acontece depois que o Estadão revelou inconsistências no currículo, como uma pós-graduação em "Contratación Pública", pela Universidad de La Coruña. Segundo o jornal, a instituição espanhola informou que não oferece esse curso e que o desembargador passou cinco dias na instituição. O magistrado disse que foi um "erro de tradução" e que não quis se referir a pós-graduação. O Estadão também divulgou que a dissertação de mestrado defendida por Kassio em 2015 na Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal, tem mais de 17 páginas de conteúdo idêntico ao de três artigos publicados anos antes pelo advogado Saul Tourinho Leal, mas, os dois negaram que houve plágio. Kassio foi escolhido por Bolsonaro para ocupar a vaga aberta no Supremo com a saída de Celso de Mello, que se aposentou ontem. Presidida por Simone Tebet (MDB-MS), a CCJ deve sabatinar o indicado na quarta-feira da semana que vem, dia 21, e em seguida o nome dele terá de ser aprovado por pelo menos 41 dos 81 senadores em plenário.

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