Quase dois celulares são furtados ou roubados a cada minuto no Brasil, diz levantamento

ilustração Reprodução
Quase dois celulares são furtados ou roubados a cada minuto no Brasil, diz levantamento
Número de furtos superou o de roubos
Ao longo de 2023 foram feitos 937.294 registros de furtos e roubos de celulares em delegacias de polícia de todo o Brasil, o que significa quase dois aparelhos roubados ou furtados por minuto. Os dados são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado hoje pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Pela primeira vez, o número de furtos (494.295) superou o de roubos de aparelhos (442.999) quando é empregada violência para subtrair o objeto. Entretanto, em comparação a 2022, os números de roubos e furtos de celulares caíram 4,7%. 
 
A marca mais visada pelos criminosos foi a Samsung, com 37,4% dos casos, seguida pela Apple (25%) e pela Motorola (23,1%). Embora respondam por apenas 10% do mercado nacional, os iPhones representam uma em cada quatro subtrações de aparelhos. Em proporções, o fórum observa que usuários da Apple correm mais riscos na comparação com quem usa telefones de outras marcas.
 
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de ocorrências mostra a centralidade que tais aparelhos ocupam na nova dinâmica dos crimes patrimoniais. Os celulares se consolidam como porta de entrada frequente para outras modalidades delituosas em ascensão, como estelionatos e golpes virtuais.
 
“A gente está tendo uma mudança de paradigma na criminalidade patrimonial no Brasil e isso tem, evidentemente, bastante relação com os celulares, que acabam sendo a porta de entrada para esse mundo híbrido que a gente vive, com a digitalização das finanças, com a utilização das redes sociais”, diz o coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques.
 
“O celular tem o seu valor pelo aparelho, pelo seu valor de uso, mas também pelo que o celular dá acesso, que são as informações pessoais, são as informações bancárias, são as redes sociais das pessoas. Então, esse é um fenômeno que já vinha em curso, mas ele se aprofundou, se acelerou bastante a partir do contexto da pandemia e que segue aí chamando atenção enquanto uma mudança realmente de paradigma na dinâmica criminal dos crimes patrimoniais” acrescenta. (Com Agência Brasil)


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Postado por: Marco Eusébio, 18 Julho 2024 às 12:45 - em: Principal


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