Projetos de proteção da biodiversidade do Pantanal são apresentados ao Governo de MS
Fotos Saul Schramm e Bruno Rezende/Secom
Novas iniciativas de certificação de crédito de carbono e de biodiversidade realizadas no Pantanal sul-mato-grossense, foram apresentadas ao governador Eduardo Riedel, secretários e representantes do setor produtivo ontem, em Campo Grande, em alusão ao Dia Internacional das Florestas. Com atuação na conservação da fauna e da flora pantaneira, o Instituto do Homem Pantaneiro (IHP) tem trabalho reconhecido com a primeira certificação de crédito de carbono comercializada no mercado voluntário e apresentou a implantação – inédita no país – de crédito de biodiversidade. O mecanismo inovador de pagamento por serviços ambientais, remunera proprietários e gestores de áreas por iniciativas de conservação e proteção do meio ambiente.
“Esta iniciativa coloca o Mato Grosso do Sul na vanguarda, por valorizar e reconhecer, que além de vocação agropecuária, também é um estado de produção da natureza. O projeto é valoriza a onça-pintada, que vai gerar crédito e trazendo o mercado para valorizar aqueles que protegem a espécie”, afirmou o diretor-presidente do IHP, Ângelo Rabelo. O projeto visa proteger a onça-pintada em uma área de 40,6 mil hectares da região da Serra do Amolar, onde vivem 57 famílias de quatro comunidades ribeirinhas – borda oeste do Pantanal sul-mato-grossense (reservas Federal Penha e Acurizal, Rumo Oeste e Engenheiro Eliezer Batista). A espécie (onça-pintada) é chamada de ‘guarda-chuva’, porque sua proteção engloba a preservação de diversas outras espécies da fauna, de plantas, além da conservação do território e da cultura pantaneira.
“Esse é praticamente um dos primeiros créditos no mundo, de biodiversidade. No caso, especificamente sobre a onça, que é chamado projeto Jaguar, onde é avaliado o habitat natural desse animal, fazendo a certificação que existe um ambiente adequado para esse animal viver. Então esse é o crédito que você consegue certificar que aquele ambiente é adequado para aquela espécie”, afirmou o secretário Jaime Verruck (Semadesc).
Outra ação apresentada foi o projeto de “Conservação Fazenda Cristal”, que tem como objetivo promover a conservação de formações primárias e secundárias manejadas de áreas nativas preservadas. O foco é garantir a restauração completa da vegetação com o propósito de aumentar o potencial de armazenamento de carbono em sua área, visando a redução dos efeitos do aquecimento global juntamente com o desenvolvimento social. O projeto Fazenda Cristal consiste em uma atividade de florestamento – conversão de área de pasto para uma formação nativa de bambu, planta com forte potencial de remoção de CO2 da atmosfera.
Também participaram da apresentação dos projetos o sócio-diretor da Vert Ecotech (Fazenda Cristal), Milton Insuela Jr., o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), o secretário-adjunto Artur Falcette (Semadesc), o superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça, o diretor de sustentabilidade da Fiems, Robson Del Casale.
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Postado por: Marco Eusébio, 22 Março 2025 às 11:00 - em: Papo de Arquibancada