Presidente do PEN diz estar arrependido de ação que pode livrar Lula da prisão
Facebook ReproduçãoCom o foco da imprensa na decretação da prisão de Lula, o presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Adilson Barroso, declarou ao O Globo estar arrependido do fato de o partido ser autor da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) que questiona a prisão em segunda instância, vista como última esperança para livrar o ex-presidente do cárcere. A ADC 43 foi ajuizada em maio de 2016, dois meses antes de Lula ser condenado pelo juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá.
"Nós entramos com isso visando que se cumpra a constituição, tentando ajudar as pessoas mais fracas, que geralmente não tem recursos para se defender. Eu vejo um azar grande de ser justamente o Lula que nesse momento depende do direito de defesa na terceira instância. Ele não tinha nenhuma condenação quando entrei com isso. Sempre fui contra a esquerda", disse o presidente do PEN ao jornal.
A ação que tem como relator no Supremo, Marco Aurélio Mello, é conduzida pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O presidente do PEN afirmou que foi convencido por um grupo de advogados, liderado por Kakay, que atua na defesa de diversos investigados da Lava Jato, a apresentar a ADC alegando que o entendimento atual do STF, que permitir a prisão após condenação em segunda instância, contraria a constituição. Barroso diz que tentou desistir da ação no Supremo, mas não teve jeito. "O PEN não tem como desistir, eu já tentei. Já fiz tudo que podia para desistir da ação, mas não consegui", afirmou.
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Postado por: Marco Eusébio, 06 Abril 2018 às 13:15 - em: Principal