Em Campo Grande, o cirurgião-dentista Gustavo dos Santos Lima, de 27 anos, foi alvo de discriminação homofóbica quando atuava na vacinação contra covid-19 no drive-thru instalado no pavilhão Albano Franco neste fim de semana. O caso ocorreu no sábado, quando a prefeitura começou a imunizar pessoas a partir de 13 anos. Aos gritos, ao chegar no box onde Gustavo atendia, uma mulher começou a xingar o profissional dizendo que não deixaria que a filha fosse vacinada por ele: "Eu não quero que milha seja vacinada por esse tipo de gente, um viado". A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) divulgou nota externando "seu mais profundo repúdio" ao episódio, manifestou apoio ao profissional e está apurando o caso. Em uma rede social, Gustavo lamentou: "Isso sem me conhecer ou ao menos trocar uma palavra comigo, apenas por puro preconceito". Com a repercussão do caso, ele foi entrevistado pelo G1 MS e desabafou: "A gente sabe que existe, que todos os dias pessoas sofrem preconceito, só que a gente acha que nunca vai acontecer com a gente, ainda mais em um lugar onde está ocorrendo vacinação. E a ofensa dói, doeu ter ficado calado, só que não consegui ter outra reação na hora".

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