População brasileira começará a diminuir em 2042; em dois estados, já daqui a três anos

Tânia Rêgo/Agência Brasil
População brasileira começará a diminuir em 2042; em dois estados, já daqui a três anos
MS subirá de 21º para 17º dentre estados mais populosos
A população brasileira começar a encolher em 2042, conforme projeções divulgadas hoje pelo IBGE, seis anos antes do previsto pelo instituto em 2018, quando projetou que isso ocorreria só a partir de 2048. Pelos novos dados, a população ainda vai crescer dos atuais 203 milhões para 2020 milhões de pessoas em 2041 e, no ano seguinte, começará a encolher até chegar a 199,2 milhões em 2070.
 
Rio Grande do Sul e Alagoas terão redução populacional já daqui a três anos, em 2027, seguidos pelo Rio de Janeiro, em 2028. Até 2064, a maioria dos estados terá redução populacional, com exceção de Mato Grosso, que não deve retroceder até 2070, passando de 16º para 13º estado mais populoso do país. Mato Grosso do Sul também subirá, de 21º para 17º. O ritmo de variação na população é diferente Estado porque varia a taxa de fecundidade e a migração para dentro e para fora de cada Estado. 
 
TAXA DE FECUNDIDADE – A principal causa da queda de população tem relação com a redução da taxa de fecundidade da mulher brasileira. Em 2023, a taxa chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da considerada adequada para reposição populacional (2,1 filhos por mulher). Em 2000, o Brasil superava essa taxa, com 2,32 filhos por mulher. Cinco anos depois, a taxa já havia caído para 1,95 filho, passando para 1,75 em 2010, 1,82 em 2015 e 1,66 em 2020.
 
Em 2000, só a região Sudeste estava ligeiramente abaixo da taxa de reposição, com 2,06 filhos por mulher. Em 2015, apenas a região Norte mantinha-se acima dessa taxa, com 2,16 filhos por mulher. Em 2020, já não havia nenhuma região com taxa acima de 2,1. “Essa queda da fecundidade tem um histórico mais longo. Ela ganhou força na metade da década de 1960. Para a gente ter uma ideia, essa taxa, em 1960, era de 6,28 filhos por mulher”, disse a pesquisadora do IBGE Marla França. (Com Agência Brasil)


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Postado por: Marco Eusébio, 22 Agosto 2024 às 12:45 - em: Principal


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