Plantar e colher Heitor Freire (*)

Plantar e colher

Cada vez mais, à medida que vamos vivendo, aprendendo e praticando, entendemos a importância do autoconhecimento como base da evolução mental e espiritual. A conexão com o nosso interior é fundamental para encontrarmos, dentro de nós mesmos, o mapa de orientação geral para o bom comportamento. Tudo está dentro de nós.
 
Como Deus mostrou a Moisés, no livro do Deuteronômio, capítulo 30, versículos 11-14: “Este mandamento que hoje lhe ordeno não é muito difícil nem está fora do seu alcance. Ele não está no céu, para que você fique se perguntando: ‘Quem subirá por nós até o céu para trazê-lo a nós, a fim de que possamos ouvi-lo e colocá-lo em prática?’ Também não está no além-mar, para que você se pergunte: ‘Quem atravessará por nós o mar, para trazer esse mandamento a nós, a fim de que possamos ouvi-lo e colocá-lo em prática?’ Sim, essa palavra está ao seu alcance: está na sua boca e no seu coração para que você a coloque em prática.”
 
Porque a vida em si é um meio permanente da busca desse algo inefável, que, muitas vezes não conseguimos definir, e que vai aflorar pelo autoconhecimento.
 
Cada um de nós, independentemente de raça, nacionalidade, profissão, religião, estado civil ou crença, sabendo ou não sabendo, querendo ou não querendo, está constantemente semeando o seu futuro, com seus atos, pensamentos, palavras, sentimentos e emoções.
 
Semeando o quê?
 
Vai depender da qualidade desses comportamentos. Nossas decisões determinam a qualidade e a quantidade da semente que plantamos; o que, naturalmente, deve ser objeto de uma avaliação permanente para que a colheita seja tal qual desejamos. Como já ensinou Chico Xavier: “A semeadura é livre; a colheita é obrigatória”. No tempo certo.
 
A lei da semeadura é uma lei natural, não escrita. O livre arbítrio nos permite a liberdade de escolha de plantarmos o que quisermos, mas não devemos nos esquecer da colheita. Ela é simples e fácil de entender, e está presente em nossa vida o tempo todo.
 
O que o homem semear, colherá. Isto não é mera pregação, é uma verdade prática que pode ser o alicerce de toda realização terrena. Cada pensamento emitido e cada ação consolidada reunirão um grupo de pensamentos e ações de mesma natureza que voltarão multiplicados.
 
As sementes a que me refiro são as nossas próprias atitudes. Para que a colheita seja abundante e proveitosa temos que selecionar nossos pensamentos. E perseverar em nossos propósitos. A vida faz com que cada um experimente as consequências da própria escolha.
 
O Universo é regido por leis próprias e imutáveis, que se manifestam independentemente de provocação. Agem de ofício, por si mesmas, e nunca falham: a lei do retorno, a lei da atração e a lei do mérito.
 
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, como postulou Lavoisier. Também as sete leis universais, definidas por Hermes Trismegisto, no Egito Antigo, são princípios que, segundo ele, regem tudo o que há: o mentalismo e as leis da correspondência, da polaridade, da vibração, do ritmo, da causa e efeito e do gênero.
 
Pelo estudo, pelo entendimento e pela aplicação prática desses ensinamentos iremos construindo nosso futuro, porque com o uso constante semeamos o que vamos colher, a tempo e hora.
 
Assim, não há o que reclamar, somos os únicos responsáveis pelo nosso destino.
 
(*Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado)


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Postado por: Heitor Freire (*), 02 Março 2024 às 09:00 - em: Falando Nisso


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