O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, aceitou pedido da Polícia Federal e determinou que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) preste depoimento à corporação, que deve ocorrer ainda hoje, sobre uma suposta tentativa de golpe articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi preso hoje cedo pela PF (leia aqui). Nesta quinta-feira, o senador disse que participou de uma reunião com Bolsonaro e Silveira, que tinha como objetivo induzir Alexandre de Moraes a ”reconhecer” que ultrapassou os limites da Constituição. O plano era que Do Val gravasse uma conversa com Moraes, cujo aúdio seria vazado para que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fosse preso e, assim, evitar a posse do presidente Lula.

RECUOS – Do Val divulgou uma live na madrugada de hoje nas redes sociais dizendo ter sido pressionado pelo então presidente a participar de um plano golpista, afirmando que a matéria sairia na revista Veja. Na manhã de hoje, segundo o Estadão depois de conversar com filhos de Bolsonaro, o senador voltou atrás sobre o ex-presidente e repetiu várias vezes que Bolsonaro se manteve calado no encontro. Outro recuo foi sobre seu futuro: disse que deixaria a vida politica, mas depois falou que recebeu apoio de colegas e deve continuar no mandato até 2026. Na sessão de hoje do Senado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a denúncia de do Val não configura "nenhuma espécie de crime". “Eu peço aqui, obviamente, que todos os esclarecimentos sejam feitos e eu não peço aqui nem abertura de inquérito, porque a situação narrada não configura nenhum tipo de crime. Mas que todos os esclarecimentos sejam feitos para que não fiquem narrativas em cima de narrativas no intuito de superar os fatos. Fato é que dia 31 de dezembro o presidente Bolsonaro deixou a presidência”, disse. (Com Agência Brasil, Yahoo e Estadão)

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