Representantes de uma fazenda em Naviraí (MS), onde 43 trabalhadores recrutados em diferentes regiões do Brasil para atuar no plantio de cana de açúcar foram flagrados em condições análogas à de escravo, firmaram acordo com o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) e deverão cumprir uma série de obrigações, como garantir a remuneração pelos dias trabalhados, 13º e férias proporcionais, além de providenciar o retorno de cada um aos locais de origem. As vítimas, entre elas nove mulheres, foram resgatadas na semana passada pela fiscalização do Trabalho com apoio da Polícia Militar Ambiental (PMA). Aliciados neste ano em cidades de Minas Gerais, Maranhão, Piauí e na própria Naviraí, os trabalhadores faziam o plantio manual de cana em condições degradantes de trabalho. Em depoimento, um deles contou ter recebido a proposta de trabalho em Delta (MG) com a promessa de receber R$ 1 pelo metro quadrado de cana plantado, mais estadia, almoço e jantar. Levado à fazenda, a conversa mudou: disseram que iriam pagar a cada 15 dias parcos R$ 0,70 por metro plantado, mas soube que outros que estavam há mais tempo no local, vindos do Maranhão, não haviam recebido nada. Quem souber de casos semelhantes pode denunciar aqui no site do MPT.

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