Oposição acusa presidente nacional da OAB de usar cargo como palanque eleitoral
Da assessoria
Membros da cúpula nacional da Ordem dos Advogados do Brasil e lideranças estaduais que integram o movimento "OAB em Defesa da Advocacia", como o presidente da Seccional da Ordem de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), divulgaram nota ontem afirmando que o presidente nacional da entidade, Felipe Santa Cruz, está usando o cargo com fins político-partidários. A nota foi lançada após Santa Cruz participar do ato de filiação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no PSD. No evento em Brasília que teve participação do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), Santa Cruz posou para fotos e foi citado pelo prefeito como possível candidato ao governo do Rio no ano que vem.
"Santa Cruz continua usando sua condição de presidente da OAB para participar de atos políticos-partidários para incensar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro, contrariando os princípios básicos da entidade de se manter distante de disputas partidárias", diz a nota do movimento "OAB em defesa da advocacia", do qual também faz parte o secretário-ajunto da OAB nacional, o sul-mato-grossense Ary Raghiant Neto, é liderado por Luiz Viana Queiroz, vice-presidente nacional da OAB e pré-candidato da oposição à presidência da instituição classista.
Consultado sobre o assunto, o presidente da OAB-MS disse hoje aqui ao Blog que "não é possível misturar a política partidária com a política institucional". "A OAB não poder ter ingerência política mesmo porque exerce um protagonismo complexo e deve manter uma posição de neutralidade sempre, assim como seus próprios dirigentes. Qualquer discussão ou filiação partidária no exercício do mandato coloca a instituição em total descrédito, principalmente em razão de seu pluralismo conceitual ideológico", declarou Karmouche.
GOVERNO DO RIO – Indagado pelo site Poder360 que publicou a íntegra da nota da oposição (leia aqui), Santa Cruz disse que só decidirá se entra ou não em um partido político em 2022 e não confirmou se disputará o governo do Rio de Janeiro, como foi sugerido por Paes. "Não irei me filiar a partido algum até sair da Ordem. Essa é uma avaliação que me cabe ao final do mandato. Uma avaliação que passa pelo drama que vive minha terra. Dediquei minha vida aos temas da advocacia, da cidadania e jamais criminalizarei a política", afirmou.
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Postado por: Marco Eusébio, 27 Maio 2021 às 15:45 - em: Principal