Dante Filho (*)
Obra coletiva
Há uma guerra de comunicação para tentar carimbar individualmente o responsável pela atual crise econômica que atinge Campo Grande. Uns apontam o dedo na direção do ex-prefeito Nelsinho Trad. Outros acusam o prefeito cassado Alcides Bernal. Muitos entendem que a confusão financeira tem nome e sobrenome: Gilmar Antunes Olarte.
Na verdade, a obra é coletiva. Mais do que isso: a crise é nacional, estadual e municipal. Procurar a origem desse processo provavelmente nos levará ao Imperador Dom Pedro II.
Tirando isso, é preciso ver números de cada gestão. A CPI do Final dos Tempos, criada pelos vereadores na semana passada, poderá chegar a alguma conclusão, caso não seja atropelada pelas conveniências político-partidárias de praxe. A escolha do presidente da Comissão Parlamentar, vereador Eduardo Romero (PTdoB), é um indicativo de que se pretende chegar a algum lugar. Vamos ver.
A questão do excesso de contratações na gestão Olarte é apenas um dos pontos nevrálgicos da crise do município. Suspeita-se de que ele tenha nomeado uma leva considerável de evangélicos para turbinar as obras de deus aqui na terra por meio de dízimo salarial. Tudo é possível de acontecer neste nosso Brasil varonil. A criatividade de nossos gestores públicos tem surpreendido até os mais criativos dentre os criativos.
(*Dante Teixeira de Godoy Filho é jornalista militante em Campo Grande MS - dantefilho@terra.com.br)
Deixe seu comentário
Postado por: Dante Filho (*), 11 Maio 2015 às 16:15 - em: Falando Nisso