Após começar o dia ameaçando ficar no governo de São Paulo e desistir da sucessão presidencial e à tarde recuar do recuo, o tucano João Dória disse à imprensa ontem (31) que sua ação foi um “comportamento estratégico” para ter apoio do PSDB na eleição. Doria acusou Eduardo Leite, que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul para ser candidato, de “não ter dignidade” de reconhecer que foi derrotado na prévia do partido. “Não houve desistência, houve sim um planejamento para que pudéssemos ter aquilo que conseguimos, o apoio explícito do PSDB através do seu presidente Bruno Araújo. A carta que ele assinou hoje não deixa nenhuma dúvida, nem agora, nem depois”, afirmou. A tal "estratégia" só deixa mais evidente o racha tucano escancarado desde as prévias do ano passado feitas, justamente, pela falta de consenso em torno de um nome para a candidatura própria ao Palácio do Planalto. Eduardo Leite, por sua vez, entregou o governo gaúcho ao vice Ranolfo Vieira Júnior na noite anterior sem dizer que cargo vai disputar nas eleições deste ano, afirmando que "é cedo para dizer o que as próximas semanas reservam". Conforme o blog da Andreia Sadi no G1, a cúpula tucana ficou irritada com a "estratégia" de Doria e, nos bastidores, aposta suas fichas em Leite.

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