O não rotundo Yves Drosghic (*)

O não rotundo

O povo brasileiro, que há muito parecia anestesiado diante de tantos desmandos e denúncias de corrupção, finalmente deu uma demonstração inequívoca de cidadania ao sair às ruas durante o mês de julho do ano passado.
 
Entre tantas reivindicações estavam questões do cotidiano como a PEC 37 ou mesmo a questão do transporte público.  Entretanto, a busca por uma saúde e educação padrão “FIFA”, além de uma profunda reforma política eram grandes temas que marcaram de forma impactante as manifestações.
 
Passado mais de meio ano, não houve da classe dirigente quase nenhuma resposta positiva a estes tão importantes temas. As reformas de que o Brasil precisa continuam empacadas no Congresso Nacional. E me refiro mais especificamente à duas: política e educacional. Em nenhuma delas houve avanço.
 
Vamos continuar em 2014 com as mesmas regras toscas e esdrúxulas de antes das manifestações, que ainda garantem as práticas nefastas de financiamento privado de campanha por pessoa jurídica, coligação na proporcional, suplente de senador, entre outros.
 
Os nossos congressistas em sua maioria continuam com a cabeça de antes. Não avançam nas reformas estruturantes que garantam educação de qualidade para nosso povo. Aqui abro parêntesis para a PEC 32 que introduz à vida brasileira a “federalização” do ensino básico, para que em 20 anos tenhamos todas nossas crianças em escolas de tempo integral. Projeto que ainda padece de interesse político para ser aprovado.
 
O que assistimos ainda é o jogo podre do toma-lá-da-cá desenfreado. A busca pelo poder a qualquer custo continua a mesma. Ou seja, as manifestações colocaram as pautas mais importantes de bandeja para os representantes do povo, que ao invés de fazer uma profunda reflexão e demonstrar vontade política de reformar a pátria, preferem continuar o mesmo jogo espúrio.
 
Mas apesar “deles” amanhã será outro dia. As eleições de 2014 devem ser marcadas pelo povo como um cheque-mate aos ladrões dos sonhos brasileiros. A palavra “não me representa” deve estar no inconsciente coletivo.
 
Façamos uma LIMPA. Já que estes que estão lá em Brasília não nos representam, o dia 5 de outubro deve ser marcado pelo NÃO ROTUNDO! Um verdadeiro e grande NÃO aos atuais “não representantes do povo”, que marcará um novo tempo para o nosso país! Então, povo brasileiro e do MS, vamos sair às ruas em 5 de outubro com nosso título eleitoral, e de forma consciente, depositar nosso PROTESTO nas urnas! Viva o Brasil!
 
(Yves Drosghic é advogado em Campo Grande)


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Postado por: Yves Drosghic (*), 15 Janeiro 2014 às 20:46 - em: Falando Nisso


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