O dever na esperança (no Brasil)! Yves Drosghic (*)

O dever na esperança (no Brasil)!

O Brasil sempre foi considerado um país do futuro. Temos terras férteis, águas em abundância e um povo miscigenado. Uma nação cuja vocação para a riqueza e desenvolvimento são inquestionáveis. 
 
Porém, por que ainda não demos certo? Por que, depois de tantos anos crescendo em ritmo acelerado, agora estamos estagnados, e pior, regredindo em várias áreas, como econômica, política, educacional e social?
 
As respostas a essas questões estão no livro (Projeto Nacional: O Dever da Esperança), de Ciro Ferreira Gomes, ex-candidato presidencial por 3 vezes. No livro Ciro faz uma análise sobre o país e prova que já fomos, sim, a "China" de tempos atrás. Entre 1930 e 1980 crescemos como nenhuma outra nação do mundo. Todavia, do fim desse ciclo pra cá, decaímos vertiginosamente. 
Por qual razão?
 
Bom, não vou dar spoiler, pois espero que com este artigo, você, leitor, se interesse em comprar o livro e saborear a agradável e esperançosa literatura contida nesta obra. Entretanto Ciro vai fundo nos gargalos do problema nacional, como a concentração de renda na mão de poucos e as altíssimas taxas de juros que inviabilizam os investimentos em novos negócios aqui no Brasil.
 
Por outro lado, a obra é assertiva em reafirmar a vocação para o desenvolvimentismo, onde o Estado deve ter papel fundamental no incentivo da industrialização e na construção de uma economia nacional, com mercado interno e independência econômica em relação às grandes potências.
 
Ciro reafirma o caminho do centro democrático, com o fortalecimento das instituições, e de uma economia de mercado que incentiva o Brasil a ser o celeiro do mundo em energia, saúde e biodiversidade. 
 
É possível o Brasil ser o país do futuro? Ao ler Ciro Gomes, posso dizer que sim, o Brasil é o país do futuro, mas temos que urgentemente tirar do papel o Plano Nacional de Desenvolvimento e implementá-lo, para que o futuro do Brasil não repita o presente. E para que as novas gerações possam fazer aquilo que não pudemos fazer. 
 
(*Yves Drosghic é advogado em Campo Grande - OAB-MS 15.007)


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Postado por: Yves Drosghic (*), 23 Julho 2020 às 08:30 - em: Falando Nisso


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