'Ninguém fará por nós o que é nosso dever', diz Azambuja: veja o discurso

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'Ninguém fará por nós o que é nosso dever', diz Azambuja: veja o discurso
Azambuja no discurso de posse: 'Acredito que estamos em plena transição para um novo momento e um novo País'
"Acredito que estamos em plena transição para um novo momento e um novo País. É hora de transferir a grande energia consumida pela radicalização e pelo enfrentamento político para o trabalho coletivo de soerguimento uma nação próspera, justa, mais igualitária e capaz de conduzir o seu próprio destino. Ninguém fará por nós o que é nosso dever. O Mato Grosso do Sul está pronto para avançar mais e dar sua parcela de contribuição à honrosa tarefa de construção de um novo Brasil" disse o governador Reinaldo Azambuja em seu discurso de posse para o segundo mandato nesta tarde na Assembleia.
 
Veja a íntegra:
 
"Senhoras e Senhores,
Cidadãos e cidadãs do Mato Grosso do Sul.
 
Estamos aqui hoje reunidos, neste ato solene, para celebrar a democracia. Democracia mais uma vez ungida pela legitimidade do voto popular.
 
Alcançamos, neste momento, o ponto mais alto de um longo e importante itinerário, que se iniciou com o grande debate de ideias travado em todo estado... Debate que mobilizou cada cidade, cada bairro, cada casa, da mais importante a mais simples. 
 
As ruas e as urnas então falaram. E decidiram o nosso caminho para o futuro. Prevaleceu intocada e cada vez mais forte uma bandeira, em especial: 
 
- A decisão soberana do nosso povo de continuar o denso processo de mudanças instalado desde o primeiro dia em que chegamos ao Parque dos Poderes.
 
Ele é o compromisso que nos moveu, quando ousamos pela primeira vez sonhar um novo estado. E ele é a crença que nos move agora. 
 
Assim cheguei à Governadoria. E assim estou sendo reconduzido, mais uma vez, ao honroso cargo de governador do Mato Grosso do Sul, pela vontade da população.
 
Quero aqui, mais uma vez, reiterar meu sincero agradecimento a todos aqueles que nos deram mais este voto de confiança.
 
E também àqueles que, ao optar por outras alternativas, nos ofereceram críticas construtivas e necessárias, que servirão para o aperfeiçoamento do nosso programa de governo.
 
Muito além da vitória de um grupo político, ou de uma liderança, venceu de forma incontestável um novo modelo de gestão. Um jeito novo de fazer as coisas no Mato Grosso do Sul.
 
Mais do que o necessário remédio anti-crise, este sempre foi nosso compromisso, para estar em estreita consonância com as demandas das pessoas. Há muito tempo elas vêm protestando contra um Estado agigantado, pesado, lento, burocrático, sem transparência, ineficiente e irresponsavelmente gastador.
 
Tomamos as decisões necessárias e parte relevante de uma ampla agenda de reformas já foi cumprida, apesar do período de grave crise que vivemos, nos últimos 4 anos.
 
Agora, temos obrigação de avançar mais. Muito mais.
 
Não há argumento razoável para diferenciar as obrigações do estado dos deveres da sociedade, permitindo, por omissão ou leniência, a institucionalização de distorções anacrônicas e privilégios injustificáveis, como ocorreu no curso do tempo.
 
Por isso, nossa intenção é continuar melhorando sempre mais a qualidade do regramento do serviço público e a capacidade de trabalho da máquina estadual.
 
É nosso desafio avançar muito mais na direção de um modelo de estado mais enxuto, transparente, eficiente e resolutivo.
 
Um estado que não atrapalha quem trabalha e produz.
 
Um estado que apoia iniciativas capazes de melhorar a vida das pessoas.
 
Por isso, é nossa obrigação continuar a luta incessante para eliminar os gargalos renitentes da burocracia e os entraves tradicionais do corporativismo, que sempre minam os objetivos da própria existência do estado.
 
Como ninguém faz nada sozinho, reconheço: 
 
Chegamos até aqui pelos méritos de uma gestão presente, transparente e responsável.
 
Mas também pela contribuição dos Poderes constituídos, que compreenderam as dificuldades e nos emprestaram rara solidariedade.
 
Contamos com o apoio de instituições parceiras e o espírito incansável de luta das forças produtivas. Que perseveraram.
 
E, em especial, nos inspiramos na força de nossa gente... Do pequeno comerciante, dos jovens, do trabalhador, da dona de casa, que não deixaram se abater pelas enormes dificuldades desse trecho de história.
 
Por eles, mas especialmente com eles, vencemos todo tipo de restrições e dificuldades.
 
E avançamos como nunca.
 
Esta foi a “Mudança de Verdade” que levamos às ruas, quando tudo começou.
 
Mudança de verdade não é uma frase de efeito.
 
É compromisso com a transparência.
Com o diálogo.
Com a eficiência.
Com a qualidade dos serviços públicos.
Com a busca obsessiva por resultados.
 
Especialmente, com a coragem para fazer o que precisa ser feito, sem temer o tamanho do desgaste e os riscos à popularidade.
 
Esses foram os princípios nos trouxeram até aqui.
 
 
Senhoras e senhores,
 
Hoje um novo ciclo de governança se inicia. 
 
Nossos valores não mudaram.
 
Vamos continuar sendo guiados pela mão segura da responsabilidade.
 
Pela clareza da transparência.
 
Pelo rigor da austeridade.
 
Pelas entregas geradas pela eficiência.
 
Pelo espírito de um governo transformador, que vem lutando para mudar a paisagem econômica e social do nosso Estado.
 
Nossos desafios são imensos, como são os desafios do Brasil.
 
Com um cenário econômico mais positivo e politicamente mais seguro e estável, como todos esperamos, já é possível sonhar com tempos melhores. 
 
E essa é também a esperança dos brasileiros no governo do presidente Jair Bolsonaro, que também se inicia hoje.
 
Vamos recomeçar o trabalho, com essa convicção e entusiasmo redobrado.
 
Mas o fato de haver uma perspectiva muito melhor adiante não mudará nossa agenda.
 
Aqui, volto ao principal:
 
É dever do estado fazer o dinheiro dos impostos retornar à sociedade, na forma de serviços e de alavancas para o desenvolvimento coletivo. 
 
Todo nosso esforço deve estar na correta alocação dos recursos no que é prioridade para os cidadãos. 
 
Esses recursos são fundamentais para quem depende da saúde pública e não aceita mais a inoperância dos governos.
 
São fundamentais à uma melhor qualidade de ensino nas nossas salas de aula, sem a qual não há como construir um futuro justo.
 
À uma segurança equipada e treinada, pronta para agir e cumprir seu dever.
 
São recursos cruciais para treinar, capacitar e requalificar nossa mão de obra, em um momento de grandes mudanças na matriz produtiva e no próprio perfil da empregabilidade; 
 
E especialmente para pôr em marcha segura novas políticas de incentivo ao crescimento e à geração de empregos e melhor renda.
 
Acredito que alcançamos um momento em que cabe questionar mais profundamente qual deve ser o papel do estado, do poder público...
 
Em que atividades ele deve concentrar esforços, recursos, inteligência e trabalho?
 
E onde as parcerias público-privadas e uma eficiente política de concessões são bem-vindas, para reverter o tempo perdido nesses longos anos.
 
Este, por exemplo, é o grande desafio da infraestrutura, precarizada nacionalmente.
 
Basta visitar os enormes déficits que o país acumula nas áreas de saneamento básico, habitação e logística de transportes em diferentes modais, para se constatar o atraso.
 
Aqui, aproveito para lembrar dos grandes projetos estruturantes que estamos tocando e que florescerão neste nosso segundo mandato:
A Rota Bioceânica, unindo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, encurtando em mais de 60% a distância para fazer chegar os produtos de Mato Grosso do Sul à Ásia.
 
A Transamericana, modal estratégico que engloba 2,4 mil km de ferrovias e vai integrar nossos terminais e portos com ramais que vão da fronteira com a Bolívia até São Paulo e ao Porto de Santos. 
 
A malha de infovias do MS Digital, que   vai conectar via internet todo o Mato Grosso do Sul....
 
O projeto Estado Carbono Neutro, crucial para aumentar nossa competitividade e nossos diferenciais produtivos.
 
Só iniciativas ousadas e inovadoras como estas serão capazes de elevar o Mato Grosso do Sul a um novo patamar de desenvolvimento - sustentado, sustentável e modernizador. 
 
Senhoras e Senhores,
 
Meus amigos,
 
Ainda há muitos desafios a serem enfrentados e vencidos no nosso estado.
 
Não são desafios apenas do Executivo. Mas de toda a nossa sociedade organizada.
 
Não seremos capazes de superá-los sem criar uma grande convergência de ideias, trabalho e recursos entre todos os atores do nosso processo de desenvolvimento.
 
Já vai distante o tempo em que os governos podiam tudo. Faziam tudo. Resolviam tudo.
 
Acredito que estamos em plena transição para um novo momento e um novo País. 
 
É hora de transferir a grande energia consumida pela radicalização e pelo enfrentamento político para o trabalho coletivo de soerguimento uma nação próspera, justa, mais igualitária e capaz de conduzir o seu próprio destino. Ninguém fará por nós o que é nosso dever. 
 
O Mato Grosso do Sul está pronto para avançar mais e dar sua parcela de contribuição à honrosa tarefa de construção de um novo Brasil.
 
Muito obrigado!
 
Reinaldo Azambuja
Governador de Mato Grosso do Sul"


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Postado por: Marco Eusébio, 01 Janeiro 2019 às 16:15 - em: Principal


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