Na greve, Abin deixou governo 'no escuro'
Fotos Marcos Corrêa/PR e Ilustração
Com a função de alertar o presidente sobre situações com "potencial de risco à estabilidade institucional", a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deixou o governo de Michel Temer no "escuro" durante a greve dos caminhoneiros, disse um assessor do presidente ao jornal O Globo. "As empresas operaram os caminhoneiros para atacar a política de preços da Petrobras e ninguém na inteligência nos avisou" afirmou.
A falta de atuação da Abin foi percebida na segunda-feira, oitavo dia da paralisação. Em reunião no Planalto, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, pediu a lista de empresas envolvidas na paralisação e ouviu do diretor da Abin, Janér Tesch, que o serviço secreto brasileiro também não possuía uma lista de empresários a apontar.
Com orçamento de R$ 670 milhões para este ano, conforme o Globo, a Abin tem escritórios em todas as capitais brasileiras e em 14 países. Até segunda-feira, relata o jornal, já havia gasto R$ 194 milhões desse orçamento sem conseguir prever um único ato dos caminhoneiros, organizado via WhatsApp. "Esses caras da Abin são analógicos. Esse tipo de comunicação horizontal, feita via WhatsApp, está fora da capacidade deles" disse um auxiliar da área de Segurança do governo, conforme O Globo.
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Postado por: Marco Eusébio, 30 Maio 2018 às 15:30 - em: Principal