Muricy Ramalho (foto) não é mais técnico do Fluminense. Ele deixou o clube após o Fla-Flu sem gols nesta noite, no Engenhão. Seu destino deve ser o Santos, cujo presidente, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, já afirmou nesta noite, à Globo.Com, por telefone, que, se fosse confirmada a demissão, irá conversar com ele até o fim da semana que vem. A saída acontece oito meses depois de o treinador dispensar convite da CBF para comandar a Seleção Brasileira alegando que tinha contrato com o Fluminense. Agora, ele sai antes de findar esse mesmo contrato que expiraria em 2012. Sob seu comando, o clube voltou a conquistar em 2010, 26 anos depois, o título de campeão brasileiro. Nesta temporada, entretanto, vai mal na Taça Libertadores e no campeonato estadual do Rio de Janeiro em que, na semifinal da Taça Guanabara, primeiro turno, foi eliminado na semifinal pelo pequeno Boavista. 

Depois do Fla-Flu, Muricy se despediu dos jogadores no estádio do Engenhão e saiu sem dar entrevista. O anúncio de sua saída foi feito pelo presidente do Fluminense, Peter Siemsen. Ele disse que Muricy divulgou comunicado informando que tinha dois objetivos no clube. "Um era o título, e ele conseguiu 100%. O outro era a melhoria da infra-estrutura do clube, coisa que ele acha que não alcançou", disse Siemsen, afirmando que este seria o motivo da saída. Entretanto, desde ontem o noticiário esportivo carioca e paulista informa que Muricy estaria descontente com a demissão de seu amigo pessoal, o agora ex-vice de futebol Alcides Antunes, ocorrida no sábado. 

O Fluminense precisa arranjar urgentemente um técnico: dos três jogos que realizou na Libertadores, não ganhou nenhum: empatou dois, em casa, e sofreu uma derrota. Para avançar à próxima fase, o time precisa ganhar o três últimos jogos do Grupo 3. Os nomes especulados são do técnico do Atlético-MG, Dorival Júnior, e dos desempregados Adílson Batista e Caio Júnior.