Mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão, pela primeira vez, se alistar nas Forças Armadas, conforme decreto publicado ontem pelo governo federal. O alistamento feminino é voluntário. Inicialmente, serão 1.465 vagas, sendo 1.010 para o Exercito, 155 para a Marinha e 300 para a Aeronáutica, em 28 cidades brasileiras, três delas em Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá e Ladário. Por lei, o alistamento tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado a cada período de um ano até o prazo máximo de oito anos.

 

O período de alistamento será entre os meses de janeiro e junho, mesmo período do alistamento masculino. As voluntárias devem residir em município onde exista organização militar. A partir da incorporação, o Serviço Militar será de cumprimento obrigatório, ficando a militar sujeita às obrigações e deveres previstos na Lei 4.375/64 e ao respectivo regulamento de cada Força. Na marinha, as mulheres vão ingressar como marinhos-recrutas, no Exército como soldados e na Força Aérea como soldados de segunda-classe.

 

Atualmente, as Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Com o alistamento, o número de oportunidades deve crescer gradativamente. Hoje, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica. (Com Gov.Br)