Heitor Freire (*)
Mulher
Nesta semana em que todos os holofotes se voltam para a mulher, nada mais natural que engrossar o coro, com meu testemunho e gratidão por esse ser maravilhoso que foi criado por Deus para que nós, homens, tivéssemos ao nosso lado a felicidade e a alegria, encarnadas nesse personagem enigmático e magnífico que motiva e ilumina nosso caminho.
Mulher é um tema recorrente em meus artigos, não só pela admiração que tenho por elas, mas principalmente por ser testemunha ocular do que representam. Sou pai de sete filhas. Convivo nesse universo feminino há quase 60 anos, se contar a idade de minhas primeiras filhas.
A admiração é imensa, como também é imenso o meu trabalho em tentar decifrar esse enigma que elas representam. Todo o universo feminino nos seduz pelo poder magnético que emana delas conquistando, alegrando e encantando a nós homens.
É o enigma da esfinge e ao mesmo tempo o nó górdio que devemos desatar. Não adianta cortar, como fez Alexandre Magno, que acabou morrendo aos 33 anos, sem poder desfrutar de suas conquistas. Esse nó tem que ser desatado pouco a pouco, com muita paciência para desvendar o seu significado oculto. Por que ela é a nossa musa inspiradora.
A sedução da mulher, como já escrevi, está presente num olhar de lado, num sorriso encantador, num meneio de quadris, na graça do seu molejo, num suspiro alongado, numa cruzada de pernas, acompanhada de um levantar de sobrancelha, fazendo-se de desentendida, como quem não quer nada, mas observando tudo.
A mulher já foi cantada e decantada em prosa e verso; ao longo dos tempos tudo já foi dito a respeito dela. Que é como o sal: sua presença pode não ser notada, mas sua ausência faz com que tudo fique sem graça.
A sua luta é milenar. O preconceito, o machismo, a arrogância masculina, por séculos a manteve à margem da sociedade. Mas ela, aos poucos, com seu jeito encantador e sedutor, com paciência e humildade, vai se impondo com muita inteligência, aprendendo que não precisa competir com o homem.
A maternidade é um dos fatores que confere divindade à mulher e lhe dá a dimensão que tem. Sem mulher, não existiria a humanidade. Elas são doutoras na arte de fazer do ato de viver algo melhor.
Ao longo dos tempos, a mulher foi colocada numa posição subalterna, que aceitou passivamente. E essa posição, contrario sensu, em nada favorece ao homem; é preciso compreender e respeitar o equilíbrio entre as energias opostas, restaurando-as naturalmente.
Essa forma de tratar as mulheres é fruto da ignorância – o único pecado que existe, os demais decorrem deste –, que ao longo dos tempos prevaleceu e cujo entendimento liberta os seres. Esse entendimento só se alcança através do conhecimento interior, cuja chave se encontra dentro de cada um.
Hoje, verificamos que está havendo uma alteração de status: basta analisarmos a conquista de posições, antigamente privativa dos homens e que elas estão alcançando paulatinamente, na política, nas empresas, na sociedade. O que evidentemente não pode também colocá-las em posição antagônica aos homens, sob pena de levá-las ao extremo oposto. O que, novamente, desequilibraria as energias opostas.
A essência da mulher é a feminilidade. E à medida que ela exala e irradia a sua feminilidade, silenciosamente, naturalmente, ocupa o verdadeiro lugar que é só seu, que não pode ser objeto de troca nem de disputa, nem de concorrência, usando sempre a inteligência, cujo uso constante é o seu próprio fator de continuidade.
Ao longo dos tempos elas se destacaram como relata, por exemplo, a Bíblia, com as histórias de Eva, Sara, Rebeca, Raquel, Ester, Judite, Dalila, Ruth, Abigail, Betsabé, entre tantas outras que demonstram a capacidade milenar de conquistar e encantar a todos com seu poder magnético.
Enfim, por tudo isso e por tudo que consta na história da humanidade: VIVA A MULHER!
(*Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado)
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Postado por: Heitor Freire (*), 11 Março 2023 às 12:15 - em: Falando Nisso