MPF denuncia Greenwald e hackers que invadiram celulares da Lava Jato
Vinícius Loures/Agência CâmaraO Ministério Público Federal denunciou hoje à Justiça o dono The Intercept, Gleen Greenwald, e seis investigados na Operação Spoofing que apura o roubo de mensagens de celulares de autoridades da Lava Jato e do ex-juiz Sérgio Moro, divulgadas pelo site. Como o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, proibiu em agosto que o jornalista fosse investigado, a pedido do partido Rede, o MPF frisa que Gleen não era alvo das investigações, mas na análise de um computador apreendido na casa do hacker Walter Delgatti Netto, o Vermelho, foi encontrado um áudio de conversa dele com Luiz Molição. "Nesse momento, Molição deixa claro que as invasões e o monitoramento das comunicações telefônicas ainda eram realizadas e pede orientações ao jornalista sobre a possibilidade de 'baixar' o conteúdo de contas do Telegram de outras pessoas antes da publicação das matérias pelo site The Intercept. Greenwald, então, indica que o grupo criminoso deve apagar as mensagens que já foram repassadas para o jornalista de forma a não ligá-los ao material ilícito", diz o MPF, para o qual ficou comprovado que Glenn auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante as invasões, informa o Estadão. Nas redes sociais, a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann disse que o MPF "abusa do poder do poder p/ se vingar de @ggreenwald que denunciou crimes da Lava Jato e parcialidade de Moro contra Lula" e disse que o partido é "solidário" a Gleen.
MP abusa do poder p/ se vingar de @ggreenwald que denunciou crimes da Lava Jato e parcialidade de Moro contra Lula. Querem estado policial, com mais farsas, ilegalidades e arbitrariedades. PT solidário com Glenn, em defesa da liberdade de imprensa. https://t.co/PMVfgoZO6j
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 21, 2020
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Postado por: Marco Eusébio, 21 Janeiro 2020 às 13:30 - em: Principal