Lideranças de organizações do movimento negro de todo o País se reuniram ontem com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para pedir apoio contra o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro e contra o decreto de Jair Bolsonaro que flexibiliza a posse e porte de armas. O grupo estava acompanhado pelos senadores Paulo Rocha (PT-PA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e era liderado por Douglas Belchior, da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro), e Iêda Leal, do Movimento Negro Unificado.

A comitiva acusou o sistema de justiça criminal brasileiro de condutas discriminatórias, por parte da polícia e do Ministério Público, chanceladas por um "racismo institucional" do Judiciário. O presidente do Senado disse que, por ser judeu e do Norte, entende o sentimento do povo negro. "Eu sou judeu, eu sei o que é perseguição aos meus antepassados e eu fico indignado quando as pessoas desconhecem o que aconteceu", afirmou. "Neste momento, um judeu, do Norte, está aqui nesta cadeira para ajudar o Brasil e ajudar a diminuir as imensas desigualdades que o Estado nacional nos impõe. Vocês podem contar comigo", acrescentou Davi Alcolumbre.

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