Dois anos depois de receber um fígado transplantado devido a um câncer, morreu hoje após uma parada cardíaca em São Paulo (SP) o jornalista Elpídio Reali Júnior (foto), aos 70 anos, que por quase 38 anos foi correspondente em Paris, trabalhando para a rádio Jovem Pan, para os Diários Associados e para o jornal O Estado de S. Paulo. Em 2007, lançou o livro “Às margens do Sena”, onde conta suas experiências profissionais. Reali Júnior começou como repórter da Jovem Pan aos 16 anos de idade. "O adolescente que entrava no gramado para entrevistar os jogadores de futebol com um enorme gravador nas mãos ganhou o apelido de Repórter Canarinho que logo lhe deu projeção Brasil afora. Nascido em 1941 em Bauru, onde passou os primeiros anos da infância, sempre manteve elos com a cidade natal. Foi ali que conheceu Pelé, o menino Édson Arantes do Nascimento que se destacava no Baquinho, time infantil do Bauru Atlético Cube. Reali era filho de pai de raízes italianas e de mãe descendente de baianos, família de costumes rurais na fazenda Tibiriçá, sustento da família", relembra, hoje, o Estadão. Reali Júnior era casado e deixa quatro filhos, entre eles a atriz Cristiana Reali. O velório começa no fim da tarde no Funeral Home (Rua São Carlos do Pinhal, 376, em São Paulo) e o corpo será cremado neste domingo, no cemitério de Vila Alpina.