Morre Doca Street, assassino de Ângela Diniz

Imagem com foto de Arquivo do Estado de Minas/Reprodução
Morre Doca Street, assassino de Ãngela Diniz
Crime teve grande repercussão na imprensa e gerou um segundo julgamento de Doca Street

Morreu aos 86 anos ontem Raful Fernando do Amaral Street, o Doca Street, que ficou famoso no noticiário dos anos 70 por ter assassinato a socialite mineira Ângela Diniz com quatro tiros no rosto em dezembro de 1976. Uma de suas netas disse ao jornal O Globo que o avô não estava doente e faleceu de uma parada cardíaca. O crime alavancou os movimentos de defesa das mulheres no Brasil depois que a vítima teve sua vida devassada pela defesa comandada pelo advogado Evandro Lins e Silva, que usou a tese da "legítima defesa da honra", bem aceita nos tribunais da época, para justificar o assassinato. No primeiro julgamento, em 1979, Doca foi condenado só a dois anos de prisão com suspensão condicional da pena e ficou em liberdade. Isso gerou protestos e questionamentos sobre a forma machista como as leis eram interpretadas nos tribunais, provocando um segundo julgamento em 1981, quando Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão e cumpriu a pena. Ângela e Street se conheceram num jantar em São Paulo e estavam juntos havia apenas quatro meses. Ele largou mulher e filhos para viver com a socialite na casa dela, em Búzios (RJ), onde ela bancava as despesas. Controlador, Doca passou a reprimir o comportamento de Ângela, acostumada a brilhar nas colunas sociais e revistas, o que provocou brigas constantes até o assassinato.



Deixe seu comentário


Postado por: Marco Eusébio, 19 Dezembro 2020 às 09:00 - em: Principal


MAIS LIDAS