Uma semana depois de completar 97 anos, morreu hoje o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos personagens mais marcantes da história na televisão brasileira que atuou por 26 anos como apresentador do Jornal Nacional, da Rede Globo. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, para onde se mudou há alguns anos devido ao clima, desde que começou a sofrer de insuficiência renal.

 

Nascido em Taubaté (SP) em 1927, desde adolescente era conhecido pela voz grave e empostada e, embora trabalhasse em contabilidade, começou a atuar aos 15 anos como locutor na rádio Difusora de Taubaté. Chegou a obter o diploma de contador, mas seguiu carreira na rádio Bandeirantes, onde ingressou em 1947 e naquele ano virou locutor oficial de Ademar de Barros (na época, um dos donos da Band) que foi eleito governador de São Paulo.

 

Passou pelas rádios Mayrink Veiga e  pela TV Excelsior até estrear como locutor de telejornal em 1963, no “Jornal de Vanguarda”, da TV Rio. Em 1969 assumiu o posto de apresentador do Jornal Nacional que estreou naquele ano na Globo e ficou no comando do telejornal por mais de duas décadas e meia, o que marcou sua história. Cid vivia com sua terceira esposa, Fátima Sampaio, e deixou os filhos, Roger e Rodrigo, que nos últimos anos lutavam na Justiça contra a madrastra. (Com G1 e IstoÉ)