Morreu aos 99 anos, ontem, o escritor curitibano Dalton Trevisan. Autor de mais de 50 livros, com destaque para o livro de contos O Vampiro de Curitiba (1965), que virou seu apelido e foi traduzido para vários países. Trevisan foi vencedor dos prêmios Camões (o mais importante da língua portuguesa), Jabuti e o Prêmio Machado de Assis, maior honraria da literatura nacional, recebida em 2011 pelo conjunto da sua obra. No final da vida, vivia recluso. Avesso aos holofotes e não dava entrevistas desde os anos 70 e morava em um apartamento no centro de Curitiba. Nascido em 1925, formou-se em Direito e exerceu a advocacia por sete anos.  Começou sua carreira literária com "Sonata ao Luar" (1945) – obra depois renegada por ele – e ganhou destaque nacional com "Novelas Nada Exemplares" (1959), quando recebeu seu primeiro Prêmio Jabuti de Literatura. Venceu por mais três vezes o Jabuti, conquistou o Troféu APCA e o Portugal Telecom e, em 2012, recebeu os prêmios Camões (o mais importante da língua portuguesa) e Machado de Assis, maior honraria concedida pela Academia Brasileira de Letras, ambos pelo conjunto da obra. A casa onde morou no bairro Alto da Glória é um dos pontos turísticos da capital paranaense, visitada por amantes da literatura. "Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é", escreveu a família de Dalton nas redes sociais. (Com ABr e SBT)

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