Morreu hoje aos 90 anos, vítima de infarto, a atriz Léa Garcia, que estava em Gramado (RS), onde seria homenageada hoje, pelo conjunto da obra, com o Troféu Oscarito, mais importante honraria do festival de cinema que leva o nome da cidade gaúcha. Léa Lucas Garcia de Aguiar nasceu em 1933 na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, e teve uma longa carreira em teatro, cinema e televisão, buscando desenvolver uma consciência político-racial que perpassa sua atuação artística com uma postura questionadora sobre o lugar do negro na sociedade e na arte. Tinha no currículo mais de 100 produções e continuava em pleno exercício da profissão. Em sua carreira, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França. Com o festival de cinema de Gramado tinha uma história antiga, conquistando quatro troféus Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Na televisão, estreou em 1950 no Grande Teatro da TV Tupi e atuou em grandes produções da teledramaturgia na antiga emissora e na Globo como Vendem-se Terrenos no Céu (1963), Assim na Terra como no Céu (1970), Doce Namorada (1971), Os Ossos do Barão (1973), A Moreninha (1975), Escrava Isaura (1976), seu maior sucesso, entre outras. (Com O Globo)

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