Em seminário promovido por uma universidade alemã, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, disse neste domingo que vê as Forças Armadas sendo "orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo". Afirmou que o Brasil é um dos países que testemunham a ascensão do populismo autoritário e citou episódios como o desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios e os ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas. Para Barroso, há uma tentativa de levar as Forças Armadas ao "varejo da política". Para ele, os comandantes militares evitem esse tipo de contaminação. Em nota, o Ministério da Defesa respondeu na noite anterior que "repudia" a fala de Barroso. "Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições", diz trecho da nota, assinada pelo ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. (Com O Globo)

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