Morreu na Santa Casa em Campo Grande aos 69 anos o segundo tenente reformado José Vargas Jimenez, ex-combatente da Guerrilha do Araguaia conhecido como "Chico Dólar", na quinta-feira anterior, vítima de um tiro no peito, conforme noticiou o Diário do Poder, de Brasília, editado pelo jornalista Cláudio Humberto, informando que a suspeita é que ele tenha se matado por problemas emocionais ou, conforme amigos, pelo diagnóstico de alguma doença grave.

Autor do livro "Bacaba: Memórias de um Guerreiro de Selva da Guerrilha do Araguaia", Vargas foi um dos primeiros militares do Exército enviados à região de Xambioá, para enfrentar a guerrilha organizada pelo Partido Comunista do Brasil nos anos 70. Em 2001, o Chico Dólar falou aqui ao Blog sobre seu segundo livro, o "Bacabá II", sequência de suas memórias sobre o combate à guerrilha, e disse que José Genoino (que depois virou deputado) "só saiu vivo por ter sido capturado antes de entrarmos na selva". Por causa de suas declarações, vinha sendo convocado a depor na Comissão da Verdade nos últimos anos do governo Dilma Rousseff. Nascido em Corumbá, Vargas morava em Campo Grande desde o fim dos anos 70 onde militava como advogado.

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