Mato Grosso do Sul lidera a incidência de câncer de colo do útero no Centro-Oeste, com taxa estimada de 17,73 casos para cada 100 mil mulheres, conforme estimativas do Instuto Nacional de Câncer (Inca). Depois do Norte e Nordeste, o Centro-Oeste é a região com a maior taxa. A de MS é mais do que o dobro da registrada no Rio Grande do Sul, com 7,11 casos a cada 100 mil mulheres, a menor desse tipo de câncer no país. O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que pode causar câncer do colo de útero e verrugas genitais e 80% da população sexualmente ativa contrai a infecção pelo HPV pelo menos uma vez na vida.

A doença pode ser prevenida com acesso à vacina contra HPV e exame de Papanicolau, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), alerta o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológico (Eva), criadora da campanha Setembro em Flor, de conscientização sobre cânceres do aparelho reprodutor feminino. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) oferece a vacinação gratuita desde 2014, indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, homens e mulheres até os 45 anos que vivem com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e vítimas de violência sexual. A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) também recomendam a vacinação de mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, o mais precoce possível.

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