Lembrar sim. Mas não em vão!!! Carlos Marun (*)

Lembrar sim. Mas não em vão!!!

O Holocausto é o Genocídio na sua essência. Nele foram barbarizados Ciganos, Homossexuais, Comunistas, mas foram os Judeu suas maiores vítimas. Antes dele este termo nem existia. Posteriormente é que foi tipificado pelo Direito Internacional. Em termos numéricos até já aconteceu barbárie de tão grande ou maior escala, mas nada se equiparou a ele quando se fala na brutalidade da industrialização da morte. 
 
Eu concordo que deve ser traumático lembrar daquela tragédia para quem a viveu e para todo o Povo Judeu. Mas são fortes as evidências de que estás próprias pessoas não querem que isto seja esquecido. Por que da existência dos Museus do Holocausto por exemplo? Por que Autchwitz permanece intacto e conservado? Penso eu que é para que ele nunca deixe de ser lembrado. 
 
Então, eu entendo que a melhor maneira que existe para homenagearmos as vítimas é lembrarmos dele. O utilizarmos como exemplo da barbárie que não pode voltar a acontecer nem em maior nem em menor escala. E ele tem sido lembrado. 
 
Reagan o utilizou como exemplo quando exigiu que Menahem Begin parasse de bombardear Beirute. Erdogan fez há pouco referência direta comparando Nethaniahu com Hitler. O próprio Nethsniahu há alguns anos se referiu ao Holocausto para relativizar a culpa de Hitler. Nestas ocasiões não  aconteceram reações do Governo de Israel. 
 
Agora, Bibi, acossado por uma impopularidade ímpar, quis “crescer” em cima de Lula, por ele ter chamado Genocídio de Genocídio. Na verdade ele na sua arrogância pensa que somos um “anão diplomático”. Deu com a cara na parede. Lula dobrou a aposta e a coisa segue para um congelamento de relações diplomáticas, sem maiores prejuízos para as relações comerciais. A nível internacional o caso até deixou de ser assunto. 
 
Então, eu penso que esta celeuma está na verdade servindo mais é de instrumento para a Guerra política interna, onde a oposição usa está referência ao Holocausto para tentar promover um impeachment fake capaz alimentar por uns dias as redes sociais e alguns órgãos da imprensa tradicional,  nada mais do que isto. 
 
Hoje é a oposição quem está tentando explorar o Holocausto indevidamente. Não para estancar um Genocídio, não para tentar parar uma Guerra, mas como uma vulgar arma política com o objetivo de se contrapor ao Governo.
 
Eu tenho minhas minhas divergências com Lula e com o PT e sei o que é um impeachment. Porem, desta vez penso que o protesto que cabe é o da Colonia Judia pedindo a oposição: “Parem de evocar o Holocausto em vão”!
 
(*Carlos Eduardo Xavier Marun é advogado, engenheiro, ex-deputado federal e ex-ministro de Estado)


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Postado por: Carlos Marun (*), 29 Fevereiro 2024 às 11:45 - em: Falando Nisso


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