Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima
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A Justiça de Pernambuco decretou hoje a prisão do cantor Gusttavo Lima, em meio às investigações da Operação Integration, que investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de esquema de "bets", pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra. O mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, diz que"ao dar abrigo a foragidos", o cantor "demonstra grave desrespeito à Justiça". Segundo a juíza, as movimentações financeiras suspeitas do cantor, que envolvem pessoas investigadas, levantam questionamentos sobre sua participação em atividades ilícitas.
"É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado."
Embora o processo esteja em segredo de Justiça, a Folha de S. Paulo teve acesso à decisão judicial e informou que outro ponto mencionado pela juíza foi a viagem de Gusttavo Lima à Grécia, na qual a aeronave que o transportava também levava José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha. A Operação Integration foi deflagrada no dia 4 de setembro, resultando na prisão de Deolane (que chegou a ser solta, mas teve a liberdade revogada) e de outros investigados.
Na ocasião foi apreendido um avião que pertencia a uma empresa de Gusttavo Lima, Balada Eventos e Produções, que teria sido vendido para a empresa J.M.J Participações, mas a aeronave nunca foi transferida formalmente para o nome do empresário ou de suas empresas, o que, segundo a Polícia Civil, caracteriza ocultação de valores obtidos com atividades ilegais. Segundo a polícia, pagamentos à vista pela compra e pela venda de carros de luxo feitas pela empresa e pelo empresário geraram indícios de que houve "lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas esportivas". (Com Folha e G1)
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Postado por: Marco Eusébio, 23 Setembro 2024 às 15:15 - em: Principal