Diagnóstica com paralisia de Bell depressão aos 19 anos, Jéssica Luana Albuquerque Camargo, que hoje tem 33, conseguiu o direito de cultivar em casa, em Campo Grande, a cannabis sativa, conhecida como maconha, para produção do remédio de seu tratamento. Depois de dez anos de luta na Justiça, a liminar (decisão temporária) foi concedida em decisão unânime dos desembargadores da 5° turma do Tribunal Regional Federal da 3° Região (TRF3), sediado em SP com jurisdição em MS. Na luta contra a paralisia facial causada pela doença e a depressão, decorrente dos danos estéticos e da dificuldade de funções diárias como mastigação e sono, Jéssica descobriu que ao se medicar com o óleo extraído da planta, obteve resultados positivos no tratamento, chegou a ser presa portando o produto (leia mais aqui no Campo Grande News), e se especializou no assunto, fundando a associação Divina Flor, entidade que atende quase mil pessoas que necessitam de auxílio e acesso ao tratamento com a cannabis medicinal. A paralisia de Bell é provocada, na maioria das vezes, pelo vírus da herpes, que fica adormecido no corpo e ataca quando a imunidade cai, atingindo os músculos do rosto.

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