O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, terá que se afastar da presidência nacional do PSDB, que exerce desde fevereiro. A decisão foi tomada ontem pela juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, que também mandou anular todas as decisões tomadas Leite desde 6 julho do ano passado, quando prorrogou o próprio mandato de forma considerada irregular.Com isso, a Comissão Executiva formada em fevereiro deste ano, será dissolvida e os governadores Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, e Raquel Lyra, de Pernambuco, terão de deixar os cargos de vice-presidentes. A juíza deu 30 dias para o PSDB convocar convenção e eleger nova Executiva. A decisão foi tomada em ação movida pelo prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando, alegando que Leite deveria ter deixado o posto em 31 de maio, data do fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu. Na defesa, o PSDB argumentou, sem sucesso, que a prorrogação se deu por unanimidade e que o próprio Orlando Morando anuiu com a votação e foi beneficiado com a prorrogação de mandato. Procurada, a direção nacional do PSDB disse ontem ao Estadão que espera ser notificada para recorrer contra a decisão. 

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