Juiz de MS acusado de receber propina é aposentado compulsoriamente pelo TJ
Reinaldo Bezerra/PantanalNews Arquivo ReproduçãoAfastado desde 2018 das funções, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e respondendo a três ações penais, o juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, que atuava em Campo Grande, foi aposentado compulsoriamente conforme Portaria 218/2022, assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Carlos Eduardo Contar. A decisão foi definida pelo Pleno do TJMS na quarta-feira (23/2), no bojo dos processos administrativos disciplinares 066.158.0002/2019 e 066.158.0008/2019. O valor da aposentadoria de Aldo deverá ser calculado conforme os "proventos proporcionais" e, segundo o Portal da Transparência, o juiz recebeu salário bruto de mais de R$ 38 mil em janeiro. Em setembro de 2021, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu reabrir um pedido para investigar o magistrado acusado pelo Ministério Público do Estado de venda de sentenças quando atuou na 5ª Vara de Família da Capital. Em um dos fatos apontados, existe a suspeita de recebimento de propina de R$ 100 mil a R$ 250 mil para favorecer herdeiros. Também existe a suspeita de fraude em precatórios que teria ocorrido entre 2012 e 2014, envolvendo a liberação fraudulenta de valores milionários devidos ao Poder Público em causas judiciais. Consultado pelo G1MS, o advogado de Aldo, Wilson Tavares, disse que devido ao sigilo não pode comentar o julgamento, mas afirmou acreditar que "a decisão será revertida, com a adoção da medida jurídica cabível". (Com Conjur e G1MS)
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Postado por: Marco Eusébio, 25 Fevereiro 2022 às 09:00 - em: Principal