Em decisão inédita na entidade, o empresário Josué Gomes da Silva foi destituído da presidência da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), por 47 votos a 1 e duas abstenções dos sindicatos patronais. O vice-presidente mais velho deve assumir o cargo até nova eleição. Conforme o Estadão, os mais cotados são Rafael Cervone Netto, Dan Ioschpe e Marcelo Campos Ometto. O executivo foi questionado sobre suas viagens e reuniões em Brasília, além do manifesto em favor da democracia divulgado pela Fiesp, sem o consentimento de toda a entidade, entre outros temas. Parte da Fiesp, diz o jornal, enxergou no manifesto uma afronta ao governo Jair Bolsonaro (PL). Josué é filho de José Alencar, que foi vice de Lula nos dois primeiros mandatos do petista. A assembleia de ontem começou com quase uma hora de atraso por causa do almoço de Josué e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que visitou a entidade (foto). Herdeiro da Coteminas, Josué assumiu o comando da Fiesp no ano passado pondo fim a quase 18 anos de Paulo Skaf no leme da entidade. Próximo a Bolsonaro, Skaf virou um dos principais críticos da atual gestão. Josué chegou a ser chamado por Lula para ser ministro da pasta hoje comandada por Alckmin, mas recusou, argumentando que não poderia assumir o cargo como um “derrotado” na Fiesp, pois pareceria um “refugiado” dentro do governo, diz o Estadão.

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