O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) disse em depoimento à Polícia Federal que deu cerca de 50 tiros de fuzil e lançou três granadas contra uma viatura da corporação que foi até a sua casa na manhã do último domingo (23) cumprir uma ordem de prisão contra ele, mas alegou que "não atirou para machucar". Na casa dele, os policiais apreenderam uma coleção de munições de grosso calibre e um fuzil 762, com mira telescópica. Jefferson foi indiciado por quatro tentativas de homicídio e o caso repercutiu até na Bolsa de Valores, que despencou 3,27% nesta segunda. Conforme o Estadão, há dois motivos para a cautela do mercado: o potencial impacto negativo do episódio nos votos em Jair Bolsonaro (PL) e, depois, o alto risco de contestação violenta do resultado eleitoral. O tiros também viraram munição na reta final do segundo turno presidencial, onde Bolsonaro tenta se descolar da imagem do deputado, e a campanha de Lula (PT) busca dizer que isso é fruto do bolsonarismo.