Janot revela que foi armado ao Supremo para matar Gilmar Mendes e se suicidar
Fotos Arquivo ReproduçãoRodrigo Janot revelou ao Estadão e à Veja que, quando era procurador-geral da República, chegou a ir armado ao Supremo com a intenção de matar Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou. O caso ocorreu em 2017, quando Janot pediu o impedimento de Mendes na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário. Ao se defender, Gilmar afirmou em ofício à então presidente do STF, Cármen Lúcia, que a filha de Janot – Letícia Ladeira Monteiro de Barros – advogava para a empreiteira OAS e que poderia "ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato". Janot disse ao Estadão: "Minha filha nunca advogou na área penal... e aí eu saí do sério". O ex-PGR disse que encontrou Gilmar na antessala da Corte: "Ele estava sozinho (...) Mas foi a mão de Deus", afirmou, ao justificar por que não concretizou a intenção. Rodrigo Janot disse que no livro "Nada menos que tudo" (Editora Planeta), em que relata sua atuação na Lava Jato, citou a cena "sem dar nome aos bois".
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Postado por: Marco Eusébio, 27 Setembro 2019 às 09:30 - em: Principal