Depois de invadir o sistema educacional Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Campo Grande (MS) e ameaçar divulgar informações sigilosas para de estudantes e professores, um jovem, cujo nome não foi divulgado, foi preso ontem pela Polícia Civil em Itajobi (SP). Conforme a polícia, o rapaz extraiu dados de crianças e adolescentes como nome completo, endereço, escola e condições de saúde, ameaçando divulgá-los em redes sociais. No fim de março, ele chegou a publicar nas redes como fez para invadir os sistemas da Prefeitura de Campo Grande. Disse que uma das senhas seria "123456" e zombou: "Vocês não sabem colocar senha não?". Ao ser preso, afirmou que, ao mostrar suas habilidades, queria ser contratado pela Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec) da prefeitura.

O site Midiamax divulgou que no dia 28 de março chegou a questionar o Município, mas a prefeitura negou que seus sistemas tivessem sido "hackeados ou invadidos". Por meio de cooperação com plataformas digitais e análise de registros técnicos, o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) de MS identificou que o hacker usou uma VPN internacional, e-mails anônimos e perfis falsos para dificultar o rastreamento, mas parte das conexões foi vinculada a um endereço em Itajobi (SP), onde foi cumprido mandado de prisão preventiva e busca e apreensão com apoio da polícia local. A ação foi batizada de Operação Rota 443, referência à porta de comunicação segura (HTTPS) usada em conexões criptografadas na internet – simbolizando o método utilizado pelo hacker para ocultar sua identidade.

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