O Ministério da Saúde anunciou hoje a suspensão temporária do contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Em nota, a pasta justificou que a medida foi tomada por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU). "Decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas", disse o ministro Marcelo Queiroga à imprensa. O governo havia negociado a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, com indícios de superfaturamento da vacina que seria a mais cara dentre as já compradas pelo governo federal, e o caso virou alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da CPI da Covid no Senado. Em nota, o ministério diz que o governo “não pagou nenhum centavo pela vacina Covaxin" e que a medida "não compromete o ritmo da campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil, já que não há aprovação da Anvisa para uso emergencial nem definitivo do imunizante". A suspensão ocorre depois dos depoimentos na CPI do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, chefe de importação do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, que relataram pressões para a compra da Covaxin com conhecimento do presidente Jair Bolsonro e irregularidades como tentativa de pagamento adiantado e o uso de uma empresa que não estava listada no contrato. (Com Agência Brasil)

• marcelo queiroga
• vacina
• corrupção
• jair bolsonaro
• covid-19
• cpi
• mpf
• cgu