Governo proíbe uso de animais em pesquisas de cosméticos e perfumes no Brasil
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Animais vertebrados, como cachorros e ratos, não podem mais ser usados em pesquisas para desenvolvimento e controle de qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A proibição entrou em vigor ontem em resolução publicada no Diário Oficial da União pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), colegiado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A medida vale para testes de produtos que já têm na fórmula componentes com segurança e eficácia comprovadas. Para produtos com fórmulas novas sem comprovação de segurança ou eficácia, a norma obriga o uso de métodos alternativos de pesquisa reconhecidos pelo conselho.
“Temos reconhecidos métodos que envolvem toxicidade dérmica com pele artificial, irritação ocular com córnea artificial. Isso faz com que nós utilizando esses métodos alternativos possamos manter a nossa autonomia de estudar novos ingredientes, produtos da nossa biodiversidade da Amazônia, por exemplo, com a possibilidade de não usar animais ou eventualmente usar um número muito pequeno de animais”, explica a coordenadora do Concea, Kátia de Angelis. Ela afirma que esta resolução coloca o Brasil alinhado com a legislação internacional sobre o tema. Na União Europeia, por exemplo, os testes em animais já são proibidos.
“Essa medida, embora não seja o fim do uso de animais para todos os tipos de testes que o Brasil abarca, poupa um enorme número de vidas de todos os tipos de animais que conhecemos, desde cães, cavalos, bois e aves”, disse a presidente da Confederação Brasileira de Proteção Animal, Carolina Mourão. Arovada em dezembro do ano passado pelo Concea e assinada nesta semana pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, a resolução já está valendo. (Com Agência Brasil)
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Postado por: Marco Eusébio, 02 Março 2023 às 15:15 - em: Principal