O Governo de Mato Grosso do Sul, assim como outros estados, mandou recolher exemplares do livro "O avesso da pele", do escritor Jeferson Tenório, das escolas públicas estaduais. Em nota, a  Secretaria de Estado de Educação (SED) informou que a medida foi determinada ontem pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), e se dá "em função da linguagem usada em trechos do livro que contém expressões consideradas impróprias para a faixa etária da maioria dos estudantes atendidos pela Rede Estadual de Ensino (menores de 18 anos)".

O livro, que aborda o racismo, foi publicado em 2020 narra a história de Pedro, que teve o pai assassinado em uma abordagem policial, e ganhou o Prêmio Jabuti em 2021, considerado o mais importante da literatura brasileira. Desde 2022, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "O avesso da pele" foi adotado no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação (MEC), que compra e distribui livros para escolas públicas no Brasil.

A polêmica em torno do livro começou após uma diretora de escola gaúcha criticar a obra. A polêmica se espalhou pelo país nesta semana, e no Paraná livros também foram recolhidos. Após a repercussão da mídia nacional, o deputado deputado Rinaldo Modesto (Podemos) criticou o livro nesta semana em sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) e outros parlamentares também foram contra sua adoção nas escolas.

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