Integrantes do governo Lula discutem a hipótese de que o impasse político na Venezuela seja resolvido por meio de uma nova eleição, uma espécie de “segundo turno” entre o ditador Nicolás Maduro e o opositor Edmundo González. O Estadão divulgou hoje que isso dependeria de acordo entre as forças políticas venezuelanas, da ampla presença de observadores internacionais, da promessa de anistia política aos perdedores - já defendido pela Colômbia - e do relaxamento das sanções contra o regime chavista. O jornal Valor Econômico noticiou que o ex-chanceler Celso Amorim fez a sugestão a Lula e que o presidente a reproduziu verbalmente, durante a reunião ministerial na quinta-feira passada, no Palácio do Planalto. “É como se fosse um segundo turno das eleições”, afirmou Amorim ao Valor. “Essa ideia não é nova, existe desde o início do problema. Se quiserem negociar um pacote em torno dessas coisas, com o fim das sanções, é possível fazer uma espécie de segundo turno, com um bom acompanhamento internacional.”

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