A primeira rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2024 sobre a atual gestão federal, divulgada hoje, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra em seu segundo ano de governo com aprovação em queda, recuando de 54% em relação à última pesquisa, de dezembro de 2023, para 51% agora, enquanto a desaprovação avançou de 43% para 46%. A pior avaliação veio dos evangélicos, que respondem por 30% do eleitorado brasileiro, influenciado pelas declarações em que Lula comparou a guerra em Gaza com a ação de Hitler na Segunda Guerra Mundial. A comparação foi considerada exagerada por 60% dos entrevistados e 69% dos evangélicos.

 

A economia também pesou na avaliação negativa: 38% consideram que a situação econômica piorou nos últimos doze meses (avanço de 7 pontos) e 26% dizem que houve melhora (queda de 8 pontos percentuais). Entre os que votaram em branco, anularam seu voto ou não compareceram às urnas, 38% enxergam piora na situação econômica, com alta de 6 pontos sobre a pesquisa anterior. A alta no preço dos alimentos, percebida por 73% dos entrevistados, é a principal explicação para esse desempenho.

 

A avaliação geral do governo também piorou, mais uma vez com destaque para os evangélicos, com 48% de avaliação negativa (avanço de 12 pontos sobre dezembro) e 22% de positiva (recuo de 5 pontos). O percentual dos que consideram que o atual governo está pior que o esperado avançou de 18% em fevereiro de 2023 para 35%. Na comparação com o governo anterior, 47% consideram que o governo Lula está melhor, contra 38% que pensam o contrário. 

 

A pesquisa também quis saber se o eleitor percebe que o governo se preocupa com ele, e encontrou empate: 48% dizem que sim, 48% dizem que não. O levantamento foi feito entre os dias 25 e 27 de fevereiro, e ouviu presencialmente 2 mil brasileiros de 16 anos acima em todos os estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, diz a Genial/Quaeste.