Dois vereadores, quatro secretários municipais, servidores públicos e empresários estão entre os alvos da Operação Laços Ocultos deflagrada hoje pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para cumprir seis mandados de prisão preventiva e 44 de busca e apreensão nas cidades de Amambai, Bela Vista, Campo Grande e Naviraí (em MS) e Itajaí (SC). A investigação iniciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Amambai mira crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, e lavagem de dinheiro. O site do MPMS informa que a organização criminosa atua há anos fraudando licitações públicas para contratação de obras e serviços de engenharia no município de Amambai e outros, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos. Nos últimos seis anos, os valores dos contratos obtidos pelo grupo criminoso ultrapassam 78 milhões de reais. A operação contou teve apoio do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Força Tática, todos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. O nome Laços Ocultos, da operação, decorre do vínculo dos investigados que a quadrilha procurava esconder.