A criação do fundo público eleitoral de R$ 1,7 bilhão aprovada pelo Congresso vai aumentar as verbas para 21 partidos pequenos e médios em comparação aos recursos das eleições de 2014, sem contar contribuições recebidas diretamente pelos candidatos, informa a manchete de hoje do Estadão de S.Paulo. Entre os principais beneficiados está o PRB, que terá R$ 56,8 milhões a mais nas eleições de 2018. Já a cúpula do PDT terá R$ 53,9 milhões a mais e a do PR R$ 36,2 milhões. Partidos maiores, como PT, MDB e PSDB, mesmo ficando com a mais significativa fatia do bolo, levarão desvantagem em relação a 2014 – a eleição mais cara da história, segundo dados da ONG Transparência Brasil.

 

“Proporcionalmente, os partidos menores serão beneficiados, porque antes recebiam poucos recursos de empresas”, disse ao jornal o diretor executivo da ONG, Manoel Galdino. Com a proibição de doações de empresas, o fundo vai aumentar o poder dos "caciques" partidários. "Antes, os políticos com mais potencial eleitoral procuravam diretamente as empresas para financiarem suas campanhas. Agora, o candidato, por mais potencial que tenha, vai precisar estar próximo da cúpula partidária", afirmou ao Estadão o cientista político Humberto Dantas, da FGV.