Fim do foro privilegiado avança, mas terá de esperar término das intervenções

Alex Ferreira/Agência Câmara
Fim do foro privilegiado avança, mas terá de esperar término das intervenções
Relator Efrain Filho (à esquerda) defende também demissão em vez de aposentadoria para juízes flagrados em crimes

A comissão especial do Congresso que trata do fim do foro privilegiado aprovou nesta semana o relatório da PEC 333/17 que extingue o benefício a mais de 55 mil autoridades e restringe a apenas cinco: o presidente da República e seu vice, o presidente da Câmara, o presidente do Senado e o presidente do Supremo. O texto é o mesmo aprovado em dois turnos no Senado e agora segue para o plenário da Câmara, onde terá de ser aprovado por 308 votos em dois turnos. Porém, como proposta de mudança à Constituição (PEC) não pode ser votada enquanto houver intervenção federal em curso, como acontece no Rio e em Roraima, deve entrar em pauta só depois do recesso, em 2019. 

JUÍZES NA MIRA Relator do texto recém aprovado na comissão, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) diz que o foro "é um instrumento arcaico" que blinda autoridades. "É preciso que no Brasil autoridade não seja sinônimo de impunidade". O deputado informou que, em paralelo ao texto principal da PEC 333/17, pretende apresentar propostas que contemplem medidas adicionais para acabar com outros privilégios. Ele defende, por exemplo, o fim da aposentadoria compulsória como "punição" a magistrados e demissão dos juízes envolvidos em crimes, como acontece com os demais servidores. (Com Agência Câmara)



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Postado por: Marco Eusébio, 13 Dezembro 2018 às 11:45 - em: Principal


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