O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a continuidade da implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), que passa a integrar o Plano Estratégico 2024-2028 da estatal. A obra foi paralisada em dezembro de 2014 e a reavaliação do projeto começou ano passado, com a aprovação do retorno da companhia ao segmento de fertilizantes. "Com a decisão, o projeto passa a integrar a carteira em implantação do Plano Estratégico vigente e a Petrobras dará início aos processos de contratação para retomada das obras da unidade. O investimento estimado para conclusão da UFN-III é cerca de R$ 3,5 bilhões e a previsão de início de operação é 2028", diz nota divulgada ontem pela Petrobras.

 

“O setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras. Estamos retomando os investimentos nesse segmento, a partir de estudos viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de contribuirmos para a redução da dependência da importação de fertilizantes no Brasil”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no comunicdo. “Com o aumento da oferta dos produtos gerados na UFN-III e a sua localização privilegiada, próxima aos principais consumidores do Centro-Oeste, Sul e Sudeste, estamos seguros da importância da unidade para a região e o país”, acrescenta o diretor de Processos Industriais da empresa, William França.

 

SEM COMPROMISSO DE COMPLETAR A PLANTA - O gerente geral de Programa de Investimentos da Petrobras, Wilson Guilherme, explicou ao Estadão que a inserção do investimento de R$ 3,5 bilhões no próximo Plano Estratégico da companhia, que será divulgado no final de novembro, tem por objetivo viabilizar uma avaliação mais acertada do negócio, que já provou ser viável economicamente, mas que precisa de confirmação no mercado. "A gente investiu tempo e esforços para fazer uma análise técnica do estado dos equipamentos para garantir uma decisão refletida, e que vai trazer valor positivo para a Petrobras", informou, ressaltando que atualmente 93 pessoas cuidam da preservação da obra inacabada. "Com as propostas firmes do mercado, vamos decidir pela finalização da planta", afirmou.