Por seis votos contra um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-deputado estadual Delegado Cavalcante, do Ceará, a oito anos de inelegibilidade por incitar violência contra o resultado eleitoral e disseminar informações falsas sobre a urna eletrônica. Em discurso no dia 7 de setembro de 2022 quando disputava uma vaga de deputado federal, e ficou só na quinta suplência do PL, o então parlamentar disse que se seu candidato à presidente Jair Bolsonaro não ganhasse no primeiro turno, no voto, iria “ganhar na bala”. A maioria do TSE manteve decisão do TRE-CE que acolheu denúncia do Ministério Público Eleitoral e condenou Cavalcante. Votaram pela inegibilidade os ministros Antonio Carlos Ferreira, Nunes Marques, Floriano de Azevedo Marques, Andre Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, presidente do TSe, que fez uma conexão entre o discurso do ex-deputado e os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. “O discurso criminoso do então deputado estadual e delegado de polícia, um discurso antidemocrático e golpista, é exatamente o discurso que foi propagado e fermentado nos anos anteriores. O discurso que foi passado nas redes sociais, incentivando milhares de pessoas a invadirem e destruírem as sedes dos Três Poderes, enquanto autoridades covardes como essa ficavam atrás de seus gabinetes”, disse Moraes. Ficou vencido o relator do caso, ministro Raul Araújo, que votou em dezembro. Para ele, o discurso apesar de grave não teve alcance suficiente para influenciar no pleito eleitoral ou causar maior dano. (Com Agência Brasil)

• ceará
• bolsonarismo
• justiça eleitoral
• tse