Um dia depois das invasões e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores se reuniram em Brasília na noite anterior com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reafirmar a defesa da democracia e condenar tentativa de ruptura institucional no país. Participaram da reunião governadores e alguns vices dos 26 estados e do Distrito Federal. Também estiveram no encontro os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e a presidente do Supremo, Rosa Weber, e outros ministros da Corte. Na reunião, todos foram unânimes em defender o estado democrático de direito no país. "Essa reunião de hoje significa que a democracia brasileira vai se tornar, depois dos episódios de ontem, ainda mais forte", disse em nome da região Sudeste, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em discurso, o presidente Lula agradeceu pela solidariedade dos governadores e fez duras críticas aos grupos envolvidos nos atos de vandalismo, voltou a criticar a ação das forças policiais do DF e disse que é preciso apurar e encontrar os financiadores dos atos democráticos. "A polícia de Brasília negligenciou. A inteligência de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver os policiais conversando com os invasores. Não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Nós vamos encontrar quem financiou", declarou. Após o encontro, todos atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé, até a sede do STF, um dos alvos das depredações. A presidente da Corte, Rosa Weber garantiu que o prédio estará pronto para reabertura do ano judiciário, em fevereiro. (Com Agência Brasil)

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